sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O CRISTÃO E OS DIREITOS POLÍTICOS

O Cristão e os Direitos Políticos
1 Tm 3.10
                Felicitações,
             De dois em dois anos nós nos deparamos com uma série de candidatos que buscam nosso voto. Parece que, apenas nessa hora, nós temos algum valor. Para entendermos como e quando podemos exercer nossos direitos de cidadão, incluindo os políticos, precisamos analisar o raciocínio do Apóstolo Paulo quanto aos direitos romanos. Leiamos:
1.       Em Atos 16.22,23 vemos a Paulo e Silas sendo presos e açoitados na Cidade de Filipos e nada questionaram;
2.   Em Atos 22.25,26 encontramos o apóstolo Paulo preso e prestes a ser açoitado em Jerusalém, mas ele questionou que era cidadão romano e que tinha o direito de não ser chicoteado sem passar por julgamento.
A pergunta que se faz é: Por que Paulo agiu de maneira diferente no momento de cada prisão? Se prestarmos atenção veremos que na primeira passagem de Atos 16 os apóstolos foram presos apenas por fazerem a vontade de Deus – evangelizar; já na segunda passagem do capítulo 22 as coisas mudam, Paulo estava sendo preso com base em mentiras e falsidades, conforme mostra o trecho de Atos 21.28. Por amor a Cristo ele estava disposto a sofrer, mas pelo bel prazer humano ele não permitiria tal coisa!
À luz da Bíblia o cristão deve ser luz e sal para este mundo (Mt 5.13,14), e, como cidadão na terra pode, inclusive, exigir seus direitos constitucionais, o que inclui o direito a votar e a ser votado. Desonroso é descumprir as leis e não exigir o cumprimento dela. Assim nós principiamos o nosso assunto: Direitos Políticos à Luz da Bíblia.
Folheando a Palavra de Deus podemos ver algumas eleições e as escolhas dos candidatos: Em Nm 11. 16,17,25 vemos que Moisés escolheu a 70 líderes do povo e Deus confirmou concedendo-lhes da mesma unção que estava sobre ele – foi uma eleição política- religiosa, pois Israel não tinha rei; já em At 1. 23-26 os apóstolos separaram a dois candidatos para a vaga de Judas, mas Deus elegeu a Matias – uma eleição eclesiástica; e, em 1 Pe 2.9, a igreja foi eleita para anunciar o evangelho e morar no céu – uma eleição eterna.
Muitas vezes em busca de seus interesses alguns líderes afirmam que ‘cristão vota em cristão’ e, para reforçar, citam que a rainha Ester livrou o povo de Israel da morte, que o rei Davi transformou Israel em uma grande nação, citam inclusive a influência de Nicodemos para conseguir sepultar a nosso Senhor Jesus; mas esquecem de dizer que em um regime monárquico o povo não elegeu a nenhum deles, mas o próprio Deus os separou para aquele momento... ou seja, precisamos de representantes, mas não qualquer um, apenas aquele que for da vontade de Deus. E o que dizer de Ciro o rei da Pérsia? Mesmo não sendo israelita foi usado por Deus para congregar o povo de Israel e reedificar o templo de Jerusalém (Ed 1.1,2).
Se prestarmos atenção veremos que a maioria dos reis de Israel foram insolentes e agiram de maneira vil... o que nos indica que não importa se o político frequenta a nossa igreja, ou instituição, precisamos de pessoas de caráter genuinamente cristão à frente da nação para que haja a manutenção dos princípios bíblicos (Pv 29.2) e para evitarmos os escândalos envolvendo políticos que se dizem evangélicos.
O Sl 122.6 nos mostra que devemos orar por nossa nação e líderes, bem como Ec 7.12 aduz que o conhecimento enaltece a quem o possui. Precisamos, portanto, não só orar, mas também conhecer a cada candidato antes de votar, como o versículo de 1 Tm 3. 10 nos mostra que os candidatos ao diaconato deveriam ser experimentados antes de serem escolhidos. O que dizer de um candidato: Quais as propostas que ele apresenta? Como agiu no passado? Já respondeu a algum processo ou foi envolvido em escândalos? Não podemos permitir que outra pessoa decida por nós e nos diga em quem devemos votar e, principalmente, não podemos aceitar oferta alguma para votarmos em algum candidato, o que pode vir a ser corrupção e/ou crime eleitoral.

Nós podemos participar das escolhas político-administrativas, mas a resposta certa será sempre a que vier dos lábios do Senhor (Pv 16.1,2). Podemos externar nossa vontade aos políticos de maneira ordeira, em passeatas, enviando mensagens pela mídia, nos manifestando através da imprensa, etc. Para que cada político saiba que está sendo acompanhado e que na próxima eleição será lembrado positiva ou negativamente. Que o Senhor nosso Deus esteja guiando nossos passos e os de nossos líderes, para que a nossa nação seja bem administrada e a igreja visível esteja sendo respeitada.

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