O Cristão e os Direitos
Políticos
1 Tm 3.10
Felicitações,
De dois em dois anos
nós nos deparamos com uma série de candidatos que buscam nosso voto. Parece
que, apenas nessa hora, nós temos algum valor. Para entendermos como e quando
podemos exercer nossos direitos de cidadão, incluindo os políticos, precisamos
analisar o raciocínio do Apóstolo Paulo quanto aos direitos romanos. Leiamos:
1.
Em Atos 16.22,23 vemos a Paulo e Silas sendo presos
e açoitados na Cidade de Filipos e nada questionaram;
2. Em Atos 22.25,26 encontramos o apóstolo Paulo
preso e prestes a ser açoitado em Jerusalém, mas ele questionou que era cidadão
romano e que tinha o direito de não ser chicoteado sem passar por julgamento.
A pergunta
que se faz é: Por que Paulo agiu de maneira diferente no momento de cada
prisão? Se prestarmos atenção veremos que na primeira passagem de Atos 16 os apóstolos foram presos apenas por fazerem a vontade de Deus – evangelizar; já na segunda
passagem do capítulo 22 as coisas mudam, Paulo estava sendo preso com base em
mentiras e falsidades, conforme mostra o trecho de Atos 21.28. Por amor a
Cristo ele estava disposto a sofrer, mas pelo bel prazer humano ele não permitiria
tal coisa!
À luz da
Bíblia o cristão deve ser luz e sal para este mundo (Mt 5.13,14), e, como
cidadão na terra pode, inclusive, exigir seus direitos constitucionais, o que
inclui o direito a votar e a ser votado. Desonroso é descumprir as leis e não
exigir o cumprimento dela. Assim nós principiamos o nosso assunto: Direitos Políticos
à Luz da Bíblia.
Folheando a Palavra
de Deus podemos ver algumas eleições e as escolhas dos candidatos: Em Nm 11.
16,17,25 vemos que Moisés escolheu a 70 líderes do povo e Deus confirmou
concedendo-lhes da mesma unção que estava sobre ele – foi uma eleição política-
religiosa, pois Israel não tinha rei; já em At 1. 23-26 os apóstolos separaram
a dois candidatos para a vaga de Judas, mas Deus elegeu a Matias – uma eleição
eclesiástica; e, em 1 Pe 2.9, a igreja foi eleita para anunciar o evangelho e
morar no céu – uma eleição eterna.
Muitas vezes
em busca de seus interesses alguns líderes afirmam que ‘cristão vota em cristão’
e, para reforçar, citam que a rainha Ester livrou o povo de Israel da morte,
que o rei Davi transformou Israel em uma grande nação, citam inclusive a
influência de Nicodemos para conseguir sepultar a nosso Senhor Jesus; mas
esquecem de dizer que em um regime monárquico o povo não elegeu a nenhum deles,
mas o próprio Deus os separou para aquele momento... ou seja, precisamos de
representantes, mas não qualquer um, apenas aquele que for da vontade de Deus.
E o que dizer de Ciro o rei da Pérsia? Mesmo não sendo israelita foi usado por
Deus para congregar o povo de Israel e reedificar o templo de Jerusalém (Ed
1.1,2).
Se prestarmos
atenção veremos que a maioria dos reis de Israel foram insolentes e agiram de
maneira vil... o que nos indica que não importa se o político frequenta a nossa
igreja, ou instituição, precisamos de pessoas de caráter genuinamente cristão à
frente da nação para que haja a manutenção dos princípios bíblicos (Pv 29.2) e
para evitarmos os escândalos envolvendo políticos que se dizem evangélicos.
O Sl 122.6
nos mostra que devemos orar por nossa nação e líderes, bem como Ec 7.12 aduz
que o conhecimento enaltece a quem o possui. Precisamos, portanto, não só orar,
mas também conhecer a cada candidato antes de votar, como o versículo de 1 Tm
3. 10 nos mostra que os candidatos ao diaconato deveriam ser experimentados
antes de serem escolhidos. O que dizer de um candidato: Quais as propostas que
ele apresenta? Como agiu no passado? Já respondeu a algum processo ou foi
envolvido em escândalos? Não podemos permitir que outra pessoa decida por nós e
nos diga em quem devemos votar e, principalmente, não podemos aceitar oferta
alguma para votarmos em algum candidato, o que pode vir a ser corrupção e/ou
crime eleitoral.
Nós podemos
participar das escolhas político-administrativas, mas a resposta certa será
sempre a que vier dos lábios do Senhor (Pv 16.1,2). Podemos externar nossa vontade
aos políticos de maneira ordeira, em passeatas, enviando mensagens pela mídia,
nos manifestando através da imprensa, etc. Para que cada político saiba que
está sendo acompanhado e que na próxima eleição será lembrado positiva ou
negativamente. Que o Senhor nosso Deus esteja guiando nossos passos e os de
nossos líderes, para que a nossa nação seja bem administrada e a igreja visível
esteja sendo respeitada.
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