sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

MICROCEFALIA E ABORTO

 

De tempos em tempos nos deparamos com uma discussão sobre o aborto. Os defensores dos direitos da mulher, dentre outros, alegam que o aborto deve ser uma escolha da mulher, pois o corpo é dela e a gravidez pode não ser o desejo dela, ou coloca-la em risco.
Em se falando de microcefalia não é diferente. Logo surgiram quem defendesse o aborto para as crianças que receberam tal diagnóstico médico, afim de evitar ‘transtornos’ para a mãe. Alegam que a criança não terá um desenvolvimento saudável e que a mãe viverá refém dos cuidados com àquela criança...
Tais defensores não levam em conta que àquela criança também tem direito à vida! Não levam em conta que essa criança tem direito a lutar contra a enfermidade e, com a graça de Deus, a vence-la. Pensam apenas em si mesmas e não na vida gerada. Já a legislação em vigor, Código Penal Brasileiro, interpõe o aborto como crime, mas o libera em caso de estupro comprovado e nos casos em que a vida da mulher está em risco.
Isto posto, o aborto em caso de microcefalia não se enquadra nas exclusões de ilicitudes indicadas, levando o caso à discussão. Embora as Nações Unidas sugiram que os países liberem o aborto em caso de microcefalia, para alegria dos que são contra o aborto, a Organização Mundial da Saúde – OMS liberou uma recomendação dirimindo dúvidas sobre o assunto, deixando claro o que deve ser considerado microcefalia e, nessa recomendação, alerta que ‘parte das crianças com diagnóstico de microcefalia terá um desenvolvimento neurológico normal’...
Ora, se as crianças com tal diagnóstico podem ter um desenvolvimento normal qual o motivo do aborto? Discriminação contra as crianças com problemas mentais ou neurológicos? Quantas crianças com deficiência física ou mental já cursaram um curso superior? Quantas já se casaram e vivem uma vida normal?
Para os evangélicos as palavras ‘não matarás’ (Ex 20.13) e as de Paulo em 2 Timóteo 3: ‘amantes de si mesmos’ (vers. 2), ‘sem afeto natural’ (vers. 3) e que ‘nunca podem chegar ao conhecimento da verdade’ (vers. 7) nunca foram tão vívidas como agora. Quando a liberalidade tem sido frequentemente confundida com liberdade, quando pessoas querem ter o direito de fazer filhos e jogá-los fora quando bem entenderem, pois, o sexo é o único atrativo para eles...
Que possamos estar alertas e resistirmos sempre às astutas ‘ciladas do inimigo’ (Ef. 6. 11) que quer roubar, matar e destruir nossa sociedade. Shalom!

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