De tempos em
tempos nos deparamos com uma discussão sobre o aborto. Os defensores dos
direitos da mulher, dentre outros, alegam que o aborto deve ser uma escolha da
mulher, pois o corpo é dela e a gravidez pode não ser o desejo dela, ou coloca-la
em risco.
Em se falando
de microcefalia não é diferente. Logo surgiram quem defendesse o aborto para as
crianças que receberam tal diagnóstico médico, afim de evitar ‘transtornos’
para a mãe. Alegam que a criança não terá um desenvolvimento saudável e que a
mãe viverá refém dos cuidados com àquela criança...
Tais
defensores não levam em conta que àquela criança também tem direito à vida! Não
levam em conta que essa criança tem direito a lutar contra a enfermidade e, com
a graça de Deus, a vence-la. Pensam apenas em si mesmas e não na vida gerada.
Já a legislação em vigor, Código Penal Brasileiro, interpõe o aborto como
crime, mas o libera em caso de estupro comprovado e nos casos em que a vida da
mulher está em risco.
Isto posto, o
aborto em caso de microcefalia não se enquadra nas exclusões de ilicitudes
indicadas, levando o caso à discussão. Embora as Nações Unidas sugiram que os
países liberem o aborto em caso de microcefalia, para alegria dos que são
contra o aborto, a Organização Mundial da Saúde – OMS liberou uma recomendação
dirimindo dúvidas sobre o assunto, deixando claro o que deve ser considerado
microcefalia e, nessa recomendação, alerta que ‘parte das crianças com
diagnóstico de microcefalia terá um desenvolvimento neurológico normal’...
Ora, se as
crianças com tal diagnóstico podem ter um desenvolvimento normal qual o motivo
do aborto? Discriminação contra as crianças com problemas mentais ou
neurológicos? Quantas crianças com deficiência física ou mental já cursaram um
curso superior? Quantas já se casaram e vivem uma vida normal?
Para os
evangélicos as palavras ‘não matarás’ (Ex 20.13) e as de Paulo em 2 Timóteo 3: ‘amantes
de si mesmos’ (vers. 2), ‘sem afeto natural’ (vers. 3) e que ‘nunca podem
chegar ao conhecimento da verdade’ (vers. 7) nunca foram tão vívidas como
agora. Quando a liberalidade tem sido frequentemente confundida com liberdade,
quando pessoas querem ter o direito de fazer filhos e jogá-los fora quando bem
entenderem, pois, o sexo é o único atrativo para eles...
Que possamos estar
alertas e resistirmos sempre às astutas ‘ciladas do inimigo’ (Ef. 6. 11) que
quer roubar, matar e destruir nossa sociedade. Shalom!