quarta-feira, 2 de maio de 2018

A BÍBLIA E A POLÍTICA


A BÍBLIA E A POLÍTICA

     A paz do Senhor a todos,
    É interessante como em anos eleitorais há uma grande agitação no meio cristão sobre os possíveis candidatos e partidos que concorrerão às eleições, principalmente quais deles estarão chancelados por alguma igreja local…
    O que nos chama mais a atenção é que o público se mostra desconhecedor sobre o que a Bíblia fala sobre o assunto, mesmo havendo uma informação tão vasta na Palavra do Senhor! Alguns apoiam e outros criticam a tão conhecida frase: “Cristão vota em cristão!” Após vários escândalos envolvendo cristãos no meio político, inclusive de igrejas tão renomadas, vem-nos ao caso rever tão efusiva frase!
    A política, segundo os mais renomados juristas, “é a arte ou ciência da governança de um Estado ou nação”, ou seja como administrar os bens públicos. Sabemos que todos os seres humanos são seres políticos pois tomam decisões ou indicam quem deve tomá-las em seu lugar… daí a preocupação de todos, quem deve ser eleito para decidir por nós?
    Embora seja sustentado por alguns o fato de que a igreja deveria escolher seus representantes para defendê-la ou ir em busca dos interesses dela, o que a Bíblia diz sobre o assunto? Alguma pessoa foi eleita pelos servos de Deus, na Bíblia sagrada, para nos servir de exemplo?
   Se lermos em Ester 2. 17 (a escolha de Ester) precisaremos responder a seguinte pergunta: Quem elegeu a Ester para que Deus livrasse o povo dEle através dela? Se lermos em Esdras 1. 1-3 perguntaremos: Quem elegeu a Ciro para autorizar a reconstrução de Jerusalem? Não podemos esquecer que o profeta Isaías (Is 44.28) Descreve a vinda de Ciro cerca de duzentos anos antes dele surgir e, mesmo, não sendo ele israelita, libertou ao povo de Israel e o enviou de volta a Cidade de Jerusalem. Se lermos em Gênesis 41. 38-42 veremos que o próprio Faraó reconheceu o motivo para a escolha de José como vice-rei do Egito, e não foi por escolha humana, mas divina que ele havia decidido colocar um estrangeiro no governo… em Números 11. 16,17 vemos que na hora de escolher a 70 (setenta) anciões para serem juízes ao lado de Moisés, foi o próprio Deus quem estabeleceu as regras para os escolhidos.
   Até quando houve escolha na igreja do Senhor, em Atos 1. 24-26, os apóstolos pediram que Deus indicasse qual discípulo deveria ser chamado para o apostolado. Assim como o apóstolo Paulo estabelece normas para serem seguidas pelos ministros, diáconos e as mulheres que trabalham na obra do Senhor (1 Tm 3.1-13), também a igreja precisa observar para quem vai seu voto ou para qual partido pois eles precisam ser claros em suas intenções.
  Quando uma pessoa é eleita para alguma função deve seguir a várias regras e acumula várias atribuições, como os Deputados Federais que discutem e aprovam leis e medidas provisórias, ou o Vereador que representa os interesses da população perante o poder público municipal, aprovando ou não leis no âmbito municipal. Em tudo isso a vontade de Deus é soberana, guiando a igreja dEle no caminho certo (Isaías 30. 21).
   O que precisamos saber, neste caso, para tomarmos a decisão correta é qual o plano de governo do partido “A” ou “B”, ou do candidato “X”, para então votarmos em quem decidirá de acordo com os princípios bíblicos para as votações polêmicas (como aborto, ideologia de gênero, manipulação genética, tributação das igrejas, liberação da maconha, etc.) e não podemos esquecer que, se o candidato escolhido não ganhar nas eleições o voto dos cristãos pode ter sido dado a um Partido que não tem nenhuma intenção de seguir aos dogmas bíblicos!
   Como vimos, a escolha de políticos que tenham compromisso com os nossos princípios, que não sejam corruptos nem envolvidos em escândalos, ou pertençam a partidos corruptos, essa sim deveria ser nossa preocupação, se além disso ele for cristão seria ainda melhor… mas caso um candidato não evangélico se porte de forma melhor do que aquele que se diz cristão, em quem devemos votar se queremos manter nossos valores cristãos? A Bíblia sagrada deve ser nosso guia, inclusive quando politicamente optamos por algum candidato, esse sim deve ser o ensinamento de todo cristão!
   Shalom!

Sérgio André de Almeida - administrador e Pós-graduando em Ciências da Religião

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