sábado, 31 de dezembro de 2016

O CRISTÃO E A ECONOMIA BRASILEIRA: O QUE ESPERAR DE 2017 (Parte I)

O CRISTÃO E A ECONOMIA BRASILEIRA: O QUE ESPERAR DE 2017 (Parte I)

   ”Esforcem-se para ter uma vida tranquila, cuidar dos seus próprios negócios e trabalhar com as próprias mãos, como nós os instruímos; a fim de que andem decentemente aos olhos dos que são de fora e não dependam de ninguém.” 1 Ts 4:11,12 

  Quanto à economia, de modo geral, começamos com uma má notícia: o Brasil não sairá da crise em 2017. Apenas se espera um quadro de melhora e que entre out-dez/2017 o PIB seja positivo, e feche o ano totalizando uma queda em torno de 1%, o que já seria um quadro de melhora, diante do que foi os últimos anos. Com uma ressalva: isto se mantido o quadro de CNTP (condições normais de temperatura e pressão) atuais, uma vez que de positivo, do ponto de vista meramente econômico, temos a lei que limita os gastos públicos e uma possível reforma da previdência (como ideia econômica são corretas, podemos discordar do "como fazer" e não do "porquê fazer") e negativo temos a vulnerabilidade deste governo à delação da Odebrecht e à cassação da chapa Dilma-Temer pelo TRE.

   Quanto ao nível de emprego  (que é o que mais nos atinge): segundo economistas, os índices de desemprego podem ser melhores, mas só devem aliviar a partir do segundo semestre. "A ideia de que a taxa de desemprego no segundo semestre de 2017 pode começar a mostrar algum recuo não é nada brilhante, mas é um sinal favorável e poderia continuar em 2018 esse processo. Mas a gente vai conviver com taxas de desemprego ainda elevadas, porque antes de contratar, tem espaço para aumento de horas trabalhadas", diz a economista Sílvia Matos, da FGV.

Diante deste cenário gostaria de indicar algumas sugestões de como deveríamos nos portar, como discípulos:

1 – Aos que infelizmente ainda tem dívidas: 
Usar boa parte da renda para quitá-las (incluindo o 13º), uma vez que os juros do cheque especial (313% a.a.) e cartão de crédito (459,5% a.a.) estão a níveis altíssimos (dados da ANEFAC para nov/16).

2 – A todos os demais, sugeriria quatro coisas:
i. Ter e manter controlado o orçamento familiar. Fazer uma planilha mensal e manter os gastos anotados, mantendo o saldo dos gastos sempre no “azul”, ou seja, um saldo positivo.

ii. Com este saldo, usar uma parte para fazer uma reserva financeira mensal, mesmo que seja uma poupança, que diferente de 2016, deverá render mais que a inflação anual (o melhor seria buscar outras opções como a Renda Fixa, mas sugiro que busquem mais leituras do tipo “opções de investimento em 2017”, no Google, caso prefira, podem entrar em contato comigo). A verdade mais dura é que recorremos aos empréstimos (e até a agiotas!) por falta de uma reserva financeira!

iii. Pensar no uso consciente do dinheiro. O Senhor nos pergunta: Por que gastar dinheiro naquilo que não é pão e o seu trabalho árduo naquilo que não satisfaz? Is 55:2 . Leia sobre como administrar melhor o seu dinheiro. Não estamos falando sobre ser rico e, sim, em como administrar melhor aquilo que o Senhor nos deu, e isto com o intuito de agradá-Lo! Lembre-se que aqui nada é nosso, somos apenas despenseiros do que pertence ao Senhor: nosso tempo, família e recursos! 

iv. Não abrir mão de devolver suas provisões a Deus (dízimo e ofertas), lembrando que a prosperidade bíblica é fruto de uma boa administração financeira, trabalho e fidelidade.

Feliz 2017, amando a Cristo e ansiando por sua volta!

David Jesus de Almeida, Diácono e Economista.

(Mais informações, envie-nos sua mensagem)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

CORRUPÇÃO SOCIAL

CORRUPÇÃO SOCIAL
   Há alguns anos, durante uma aula na faculdade, discutimos sobre ética e corrupção, como já era de se esperar, os alunos passaram a transcorrer sobre a polícia. Em dado momento interrompi o acalorado debate e perguntei 'de onde vieram os policiais?' E a classe calou-se! Os alunos reverberavam apenas para o que os políticos chamam a atenção, tipo 'cortina de fumaça', para esconder os erros deles mesmos: a corrupção no meio policial.
   Mas apenas uma pessoa conseguiu acompanhar meu pensamento, em meio a 70 (setenta) alunos, cogitamos que políticos, policiais, empresários, etc., todos pertencem a mesma sociedade. Quando uma manchete sensacionalista aponta uma cena de corrupção ela está, na verdade, apenas mostrando um retrato da corrupção social.
    Quantos criticam a corrupção mas oferecem dinheiro para não serem multados? Quantos oferecem vantagens na hora de uma fiscalização por parte de alguma autoridade ou de fecharem algum contrato?
    Imagens que antes eram apenas vistas em áreas de conflito armado ou devastadas por forças da natureza são agora vistas em Pernambuco, pessoas que, na ausência da polícia, mostram sua verdadeira face, a corrupção moral existente em parte da sociedade!
Ações simples como as disciplinas de Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil, Curso matrimonial ou para pais (antes ministradas por igrejas), deixaram de existir há anos. A religião vem sendo tratada como o 'ópio' da sociedade por políticos, alguns corrompidos, que transformam seus pensamentos em leis e afastam a sociedade de um doutrinamento ético que nos manteria (parcialmente) longe da corrupção!
    A vergonha não vem de hoje, vem de longos dias, com a falta de verba para a educação, para a saúde e para a segurança; mas tendo verba para um campeonato mundial de poucos dias, como nos tempos de Nero e do Coliseu! Cerca de 35 (trinta e cinco) políticos desviam verba pública e, depois de anos de espera, vemos a justiça declarar que 'não' houve formação de quadrilha; Político que enviou verba pública para a Suíça e outros países foi condenado por lá, mas não conseguimos vê-lo punido no Brasil, estão esperando prescrever a pena para, assim, absolvê-lo, como absolveram políticos no caso dos precatórios!
   A corrupção social vem se alastrando em todas as classes e níveis sociais, a ausência de padrões éticos vem sendo percebida não só pelos mais velhos, mas também por todos que têm um certo temor a Deus! Tudo isso é reflexo do distanciamento de nossa sociedade dos princípios bíblicos, como reflexo do que nos anunciou Salomão em Eclesiastes 7. 29: “Eis aqui, o que tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.”
 Sérgio André, administrador e pós-graduado em gestão governamental.
(REPUBLICADO)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O CRISTÃO E OS DIREITOS POLÍTICOS

O Cristão e os Direitos Políticos
1 Tm 3.10
                Felicitações,
             De dois em dois anos nós nos deparamos com uma série de candidatos que buscam nosso voto. Parece que, apenas nessa hora, nós temos algum valor. Para entendermos como e quando podemos exercer nossos direitos de cidadão, incluindo os políticos, precisamos analisar o raciocínio do Apóstolo Paulo quanto aos direitos romanos. Leiamos:
1.       Em Atos 16.22,23 vemos a Paulo e Silas sendo presos e açoitados na Cidade de Filipos e nada questionaram;
2.   Em Atos 22.25,26 encontramos o apóstolo Paulo preso e prestes a ser açoitado em Jerusalém, mas ele questionou que era cidadão romano e que tinha o direito de não ser chicoteado sem passar por julgamento.
A pergunta que se faz é: Por que Paulo agiu de maneira diferente no momento de cada prisão? Se prestarmos atenção veremos que na primeira passagem de Atos 16 os apóstolos foram presos apenas por fazerem a vontade de Deus – evangelizar; já na segunda passagem do capítulo 22 as coisas mudam, Paulo estava sendo preso com base em mentiras e falsidades, conforme mostra o trecho de Atos 21.28. Por amor a Cristo ele estava disposto a sofrer, mas pelo bel prazer humano ele não permitiria tal coisa!
À luz da Bíblia o cristão deve ser luz e sal para este mundo (Mt 5.13,14), e, como cidadão na terra pode, inclusive, exigir seus direitos constitucionais, o que inclui o direito a votar e a ser votado. Desonroso é descumprir as leis e não exigir o cumprimento dela. Assim nós principiamos o nosso assunto: Direitos Políticos à Luz da Bíblia.
Folheando a Palavra de Deus podemos ver algumas eleições e as escolhas dos candidatos: Em Nm 11. 16,17,25 vemos que Moisés escolheu a 70 líderes do povo e Deus confirmou concedendo-lhes da mesma unção que estava sobre ele – foi uma eleição política- religiosa, pois Israel não tinha rei; já em At 1. 23-26 os apóstolos separaram a dois candidatos para a vaga de Judas, mas Deus elegeu a Matias – uma eleição eclesiástica; e, em 1 Pe 2.9, a igreja foi eleita para anunciar o evangelho e morar no céu – uma eleição eterna.
Muitas vezes em busca de seus interesses alguns líderes afirmam que ‘cristão vota em cristão’ e, para reforçar, citam que a rainha Ester livrou o povo de Israel da morte, que o rei Davi transformou Israel em uma grande nação, citam inclusive a influência de Nicodemos para conseguir sepultar a nosso Senhor Jesus; mas esquecem de dizer que em um regime monárquico o povo não elegeu a nenhum deles, mas o próprio Deus os separou para aquele momento... ou seja, precisamos de representantes, mas não qualquer um, apenas aquele que for da vontade de Deus. E o que dizer de Ciro o rei da Pérsia? Mesmo não sendo israelita foi usado por Deus para congregar o povo de Israel e reedificar o templo de Jerusalém (Ed 1.1,2).
Se prestarmos atenção veremos que a maioria dos reis de Israel foram insolentes e agiram de maneira vil... o que nos indica que não importa se o político frequenta a nossa igreja, ou instituição, precisamos de pessoas de caráter genuinamente cristão à frente da nação para que haja a manutenção dos princípios bíblicos (Pv 29.2) e para evitarmos os escândalos envolvendo políticos que se dizem evangélicos.
O Sl 122.6 nos mostra que devemos orar por nossa nação e líderes, bem como Ec 7.12 aduz que o conhecimento enaltece a quem o possui. Precisamos, portanto, não só orar, mas também conhecer a cada candidato antes de votar, como o versículo de 1 Tm 3. 10 nos mostra que os candidatos ao diaconato deveriam ser experimentados antes de serem escolhidos. O que dizer de um candidato: Quais as propostas que ele apresenta? Como agiu no passado? Já respondeu a algum processo ou foi envolvido em escândalos? Não podemos permitir que outra pessoa decida por nós e nos diga em quem devemos votar e, principalmente, não podemos aceitar oferta alguma para votarmos em algum candidato, o que pode vir a ser corrupção e/ou crime eleitoral.

Nós podemos participar das escolhas político-administrativas, mas a resposta certa será sempre a que vier dos lábios do Senhor (Pv 16.1,2). Podemos externar nossa vontade aos políticos de maneira ordeira, em passeatas, enviando mensagens pela mídia, nos manifestando através da imprensa, etc. Para que cada político saiba que está sendo acompanhado e que na próxima eleição será lembrado positiva ou negativamente. Que o Senhor nosso Deus esteja guiando nossos passos e os de nossos líderes, para que a nossa nação seja bem administrada e a igreja visível esteja sendo respeitada.