quinta-feira, 12 de novembro de 2015

FALÁCIA DA CORRUPÇÃO

FALÁCIA DA CORRUPÇÃO

    É com grande tristeza que passo a expor esta narrativa. Nos últimos meses (talvez anos) vimos acompanhando a divulgação de fatos envolvendo o mais alto escalão político de nosso país em grandes desvios de dinheiro de órgãos e empresas públicas, trazendo à tona o tráfico de influência, o descaminho, a sonegação fiscal e todos os outros adjetivos (artigos) que denotam a corrupção.
    Pelo já conhecido Dicionário Aurélio, chamado pelos jovens como “pai dos burros” (nessas horas nos sentimos como tal), a corrupção é descrita como “ato ou efeito de corromper; decomposição; devassidão; depravação; suborno; peita.” E o governo em meio a tantas denúncias e operações deflagradas, como a lava-jato, pedidos de impeachment, resolve “decompor” os fatos descobertos e que levaram aos escândalos propondo um Programa para Repatriação de Recursos visando atrair os recursos não declarados à Receita Federal.
   Ainda pelo citado programa aqueles que resolverem quitar suas pendências, seja de qualquer ano, pagarão multas com valor total de 30 % (trinta por cento) e automaticamente deixarão de ser investigados, sendo parabenizados como se nenhum crime houvessem cometido; aqueles que foram processados e/ou condenados não cumprirão suas penas ou verão seus processos arquivados; aqueles que antes foram chamados “ficha suja”, serão redimidos; aqueles que eram abordados pela população e nada tinham a explicar, serão o exemplo a todos os que almejam enriquecer (i)licitamente.
Parafraseando as palavras do Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11. 1), a população busca o exemplo dos líderes da nação para suas vidas, negócios e, principalmente, para a educação dos filhos e qual será o futuro de nossa nação?
    Vislumbrando um país onde todos procurarão suas vantagens, onde palavras e documentos assinados não terão valor, a insegurança jurídica redundará em mais violência, crimes e mortes. Não vemos ações práticas e ágeis para integrar os bancos de dados das dezenas de órgãos de segurança que existem em nosso país; não vemos soluções ágeis para a falta de medicamento e atendimento em saúde; nossos jovens mergulhados em vícios não veem tratamento; para os presídios superlotados não há previsão de novas vagas, aliás liberam presos aos montes nos finais de semana, quando a criminalidade, coincidentemente, aumenta e nenhuma autoridade sabe o porquê;...
    Poderíamos devagar sobre a inércia nas soluções às demandas da população mas não teríamos explicação alguma para o “projeto de poder” existente na mais alta cúpula política de nosso país. “Cobiçam campos, cobiçam casas e arrebatam-nas; assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança” (Miquéias 2.2). A herança brasileira será de violência e corrupção se nada fizermos para mudar este triste quadro. Não podemos calar enquanto os atos maquiavélicos prosperam!
    Que sejamos um Esdras (Esdras 10.1) para a nossa geração, orando e descrevendo nossas ações, buscando a Deus e congregando aqueles que choram por nossa pátria.

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