FALÁCIA DA CORRUPÇÃO
É com grande tristeza que passo a
expor esta narrativa. Nos últimos meses (talvez anos) vimos acompanhando a
divulgação de fatos envolvendo o mais alto escalão político de nosso país em
grandes desvios de dinheiro de órgãos e empresas públicas, trazendo à tona o
tráfico de influência, o descaminho, a sonegação fiscal e todos os outros
adjetivos (artigos) que denotam a corrupção.
Pelo já conhecido Dicionário Aurélio, chamado pelos jovens como “pai dos
burros” (nessas horas nos sentimos como tal), a corrupção é descrita como “ato
ou efeito de corromper; decomposição; devassidão; depravação; suborno; peita.”
E o governo em meio a tantas denúncias e operações deflagradas, como a
lava-jato, pedidos de impeachment, resolve “decompor” os fatos descobertos e que
levaram aos escândalos propondo um Programa para Repatriação de Recursos
visando atrair os recursos não declarados à Receita Federal.
Ainda pelo citado programa aqueles que resolverem quitar suas pendências, seja
de qualquer ano, pagarão multas com valor total de 30 % (trinta por cento) e
automaticamente deixarão de ser investigados, sendo parabenizados como se
nenhum crime houvessem cometido; aqueles que foram processados e/ou condenados
não cumprirão suas penas ou verão seus processos arquivados; aqueles que antes
foram chamados “ficha suja”, serão redimidos; aqueles que eram abordados pela
população e nada tinham a explicar, serão o exemplo a todos os que almejam
enriquecer (i)licitamente.
Parafraseando
as palavras do Apóstolo Paulo: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (1
Coríntios 11. 1), a população busca o exemplo dos líderes da nação para suas
vidas, negócios e, principalmente, para a educação dos filhos e qual será o
futuro de nossa nação?
Vislumbrando um país onde todos procurarão suas vantagens, onde palavras e
documentos assinados não terão valor, a insegurança jurídica redundará em mais
violência, crimes e mortes. Não vemos ações práticas e ágeis para integrar os
bancos de dados das dezenas de órgãos de segurança que existem em nosso país;
não vemos soluções ágeis para a falta de medicamento e atendimento em saúde;
nossos jovens mergulhados em vícios não veem tratamento; para os presídios
superlotados não há previsão de novas vagas, aliás liberam presos aos montes
nos finais de semana, quando a criminalidade, coincidentemente, aumenta e
nenhuma autoridade sabe o porquê;...
Poderíamos devagar sobre a inércia nas soluções às demandas da população mas
não teríamos explicação alguma para o “projeto de poder” existente na mais alta
cúpula política de nosso país. “Cobiçam campos, cobiçam casas e arrebatam-nas;
assim fazem violência a um homem e à sua casa, a uma pessoa e à sua herança”
(Miquéias 2.2). A herança brasileira será de violência e corrupção se nada
fizermos para mudar este triste quadro. Não podemos calar enquanto os atos
maquiavélicos prosperam!
Que sejamos um Esdras (Esdras 10.1) para a nossa geração, orando e descrevendo
nossas ações, buscando a Deus e congregando aqueles que choram por nossa
pátria.
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