sexta-feira, 21 de abril de 2017

UM JOGO NOVO - A BRECHA AZUL INVADINDO LARES

UM JOGO NOVO - A BRECHA AZUL INVADINDO LARES

    A Paz do Senhor,
   Queridos irmãos, pais e mestres, gostaria de principiar esta postagem anunciando que ‘a vida não é um jogo!’ Não temos oportunidade de brincar com ela e depois mudarmos de nível ou reiniciarmos o estágio em que estamos, embora possa haver um ‘game over’ (fim de jogo) em nossa vida.
   Para entendermos do que estamos falando, lembro-me de um caso que ocorreu no dia 03 de novembro de 1999 quando o estudante de medicina, Mateus da Costa Meira, também conhecido como ‘o atirador do cinema’, descarregou uma metralhadora 9mm na plateia que assistia ao filme ‘clube da luta’ em um dos cinemas de São Paulo resultando em três mortes e quatro feridos... porquê lembrar disto agora? O jovem de mente fraca estava retratando uma cena que ele vivia constantemente em um jogo de vídeo game: Duke Nukem 3D.
    Em vários países alguns jogos, que podem ser jogados sozinhos ou pela internet, são proibidos, mas logo surgem outros... sempre haverá uma plateia ávida por subir de nível em um novo jogo, há até campeonatos mundiais para atrair milhares de jovens, adolescentes e crianças a um mundo virtual.  Com o advento dos smartphones a internet se popularizou e nossos filhos vivem como zumbis jogando a febre do momento (quem não lembra da caça ao Pokemón onde algumas pessoas foram atropeladas, roubadas ou mortas enquanto jogavam?)
   Ultimamente temos visto um jogo criado em 2015 tomando conta do Brasil, o desafio da baleia azul, segundo documentário televisivo ele foi criado na Rússia onde já morreram 130 (cento e trinta) pessoas enquanto jogavam o referido jogo e, no Brasil, já há relatos de 03 (três) mortes e várias pessoas feridas, pois o jogo acaba estimulando ao autoflagelo e ao suicídio...
   Verdade seja dita, as mídias sociais sempre terão um novo desafio para jovens e adolescentes gastarem seu tempo ou dinheiro, mas onde estão os pais? Enquanto a Bíblia nos diz que a educação dos filhos é de responsabilidade dos pais (Pv 22.6), bem como a disciplina (Pv 23.13), cerca de 90% dos casos das mortes ligadas a este jogo ocorreram em famílias cujos pais não acompanhavam seus filhos, desinteressados, ou separados, famílias desestruturadas, ou algo do gênero. Filhos que assistem filmes sozinhos ou navegam na internet pela madrugada e sem supervisão dos pais...
     Enquanto os pais não supervisionarem seus filhos veremos pessoas colocando a culpa em jogos ou na internet, como Adão pois a culpa em Eva que por sua vez a jogou na serpente... sugiro aos responsáveis algumas medidas simples que podem ajudar: 1. Crianças NÂO precisam de celular (onde estiverem há adultos que possuem telefone e podem entrar em contato com os pais caso seja necessário – como na escola; lembro que há celular criado especificamente para crianças, com poucas teclas e que ligam apenas para os pais); 2. Os adolescentes podem ter celular, desde que não tenha plano de internet, pois neste caso serão obrigados a usarem a wi-fi de casa ou de algum outro LUGAR PÚBLICO onde não farão ‘nudes’, nem fabricarão falsos posts (fakes), onde não podem se lesionar ou suicidar; 3. Os computadores de sua casa devem estar na SALA ou outro lugar bem frequentado, para que vejam o que seus filhos estão fazendo e com quem estão falando, assim como é preciso estabelecer horários para isso (inclusive no celular); o adolescente não pode se trancar em seu quarto, os responsáveis devem ter ACESSO ao ambiente na hora que jugarem necessário e sem barreiras, a privacidade só existe para os de fora de casa (os pais precisam supervisionar seus filhos em todos os ambientes onde estiverem); 4. Já falou com o professor do seu filho, ou diretor, esta semana? Isto deve ser um contato frequente para tomar conhecimento de quem são os colegas de seus filhos e como está o comportamento de cada um deles; 5. Tenha um bom relacionamento com seus filhos, conversem com eles todos os dias e marque um dia na semana para a reunião de família (ou culto doméstico), apenas para estarem juntos e ouvindo um ao outro (isto fecha diversas brechas); 6. Leve seu filho a consulta com psicólogos sempre que notar alguma mudança de humor, as vezes um profissional capacitado consegue nos dar uma nova perspectiva em relação a alguma dificuldade.
   Enfim, esperamos que todos percebam o que nos diz Pv 14.16: ‘o sábio é cauteloso e desvia-se do mal, mas o insensato encoleriza-se e dá-se por seguro.’ Sejamos pois sábios e supervisionemos nossos filhos hoje, para que não venhamos a chorar amanhã!
Shalom!

SÉRGIO ANDRÉ DE ALMEIDA, ADMINISTRADOR E PROFESSOR DA EBD.